qualidade da caligrafia e pintura das armas ser em geral bastante medíocre, quando comparada com a
dos grupos 1,2 e 3, presumir-se-ia que não terão sido feitos nos mesmos fornos dos pratos dos três
primeiros grupos. O mesmo autor levanta ainda a questão de como seriam distribuídas as encomendas
pelas oficinas e se as bacias de barba eram encomendadas através de intermediários ou de associações
comerciais diferentes das que encomendavam os pratos, que estavam comercialmente ligadas a outros
produtores de porcelanas.
O primeiro grupo de pratos divide-se em três subgrupos de acordo com as medidas, e o segundo
e terceiro englobam grandes pratos com diâmetros variados. A decoração dos pratos do grupo 1 e 2
associa o azul sob o vidrado e esmaltes da “família verde”, enquanto o grupo 3 ostenta já o esmalte
rosa-alilazado, típico do início da paleta da “família rosa”.
Dado este esmalte ter sido introduzido nas oficinas de Jingdezhen no início dos anos 1720, o
grupo 3 dos pratos e o grupo 5 das bacias, onde ocorre um esmalte rosa similar, são datáveis de cerca
de 1720-1730.
As bacias degoladas repartem-se por dois grupos (4-5) com formas ligeiramente diferentes. Têm
normalmente dois furos para suspensão.
Apesar do avanço das investigações, este misterioso conjunto fabricado em Jingdezhen, marcado
pelo hibridismo onde motivos decorativos ocidentais, como brasões de armas e arquitecturas lembrando
um arco do triunfo, se misturam com flores, cenas de paisagem com figuras e vasos de flores orientais,
exige ainda uma pesquisa e reflexão profundas.
304 .
PORCELANA DA CHINA ARMORIADA
Fig. 105. Pormenor de cat. 541, inv.
n.º 534.
Fig. 106. Pormenor de cat. 542, inv.
n.º 600.